sábado, 3 de agosto de 2013

O gigante acordou

Saudações a todos os campeões da Libertadores 2013, jogadores, comissão técnica, torcedores, nosso querido Belmiro, a todos que acreditaram. Eu sempre acreditei, porém em alguns momentos tive algumas dúvidas, e assumo que as tive.

Porquê tive dúvidas? Por uma simples razão, por ser o nosso sofrido Galo! Aquele time que fazia 3 x 0 no primeiro tempo da final do Brasileiro, e deixava o adversário fechar os 90 minutos em 3 x 2, deixando em uma situação confortável para os demais jogos da decisão, um time que jogava contra um adversário sabidamente mais fraco na altitude, e perdia por 3 x 0, um time que chegava as semifinais de competições importantes, e sofria derrotas que pareciam irreversíveis, e não conseguia reverter o placar em casa, um time que sofria com erros de arbitragem, e não conseguia mesmo com penaltis não marcados, impedimentos mal marcados contra e a favor, que foi muitas vezes vítimas de arbitragens ruins ou tendenciosas, que levava o gol de penalti ao 47 do segundo tempo, o pior do que ser chamado de cavalo paraguaio, era se comportar em diversos momentos como um.


Essa sina finalmente acabou na Libertadores 2013, e para mim, foram 2 momentos que deram confiança a torcida e a todo o grupo no título: a eliminação do São Paulo, e o Penalti contra o Tijuana aos 47 do segundo tempo.
Muita gente deve discordar da vitória contra o SPFC, porém, ao permitir a classificação dos nossos rivais brasileiros, grande parte da mídia nacional, ressaltava "O Tricampeão da Libertadores", que o São Paulo na decisão era outro, era acostumado a competição, que podia eliminar o Galo. Na mídia, o fraco time tricolor ganhou muita força, e virou candidato a eliminar o então melhor das américas. Já vi outros Galos, em outros momentos, jogar como se acreditasse nisso, se apequenar diante de um adversário mais fraco, porém com história, esse Galo não! Entrou em campo e reafirmou que história não ganha jogo, que deve se respeitar a melhor campanha, se impôs, não ligou para mídia do "eixo", e mostrou que algo estava diferente, porém contra um adversário tecnicamente mais fraco.

Veio então o Tijuana, e o gramado sintético. Nós que já vimos o Galo "perder para a chuva", "perder para o gramado", "perder para o juiz", "perder para a trave", ou pelo menos eu, estava sim apreensivo, principalmente quando o time abriu 2 x 0. O Galo não jogava bem, e quando o Galo antigo não jogava bem, geralmente não conseguia o resultado. Veio então Tardelli e completou o escanteio cobrado por Ronaldinho, e Luan, nosso amuleto, nos salvar no final da partida. O Galo conseguindo um resultado sem jogar bem??? Isso era sim algo novo para mim. Veio então a partida de volta, o time nervoso, preso, novamente jogando futebol resultado (algo que pra mim nunca foi uma característica do Galo), e um penalti aos 47. Pelas imagens que vi da torcida no Independência, acredito que os filmes do Galo do passado, passou e repassou diversas vezes na cabeça da cada torcedor. O choro, o silêncio, os olhares de apreensão, os olhares de "Eu não acredito!". Veio então a cobrança e o o grito de Victor, que para mim disse "AQUI NÃO! AQUI É GALO! AGORA É DIFERENTE!".

Algo tinha mudado, o Galo não ia mais ser refém do destino, dos árbitros, dos adversários e dele mesmo, o grito dizia "Vamos vençer todos os adversários!" "Podem tirar nossa vida, mas não nossa fé!", pra mim, naquele momento nosso título nasceu, nasceu a fé da torcida, nasceu o "Eu Acredito!" e ecoou em nossos corações o grito que podemos ecoar na final de "1,2,3 ... 2,5,1000 ... Cavalo Paraguaio é a PUTA QUE O PARIU", então quero dizer a todos os penaltis, traves, árbitros, adversários que tentam dizer "somos grandes e vocês pequenos", que ACABOU! O GIGANTE ACORDOU! AQUI É GALO E NÓS ACREDITAMOS!!!




Bruno Andrade
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