quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Domingo de decisão

Foi um uma semana interessante, esta última. Não pela vitória maiúscula e convincente contra o Coritiba, na Arena, ou pela derrota para o limitado time do Corinthians. Foi interessante pelo sentimento de confiança que o momento desse time do Galo tem nos transmitido.

É fato que ainda temos parcas e remotas chances de rebaixamento, mas o que temos visto em campo não nos amedronta. Os confrontos dramáticos contra Botafogo e Cruzeiro que se avizinhavam perigosos já não se apresentam potencialmente trágicos, pelo menos pra nós atleticanos. Passaremos sim, com muita luta e dificuldade, mas atingiremos esse ínfimo objetivo.

Pois é, temos é que tirar uma lição desta década, e voltarmos a ser aquele time que manda em seu terreiro, caso o tenhamos a partir do ano que vem, e um assíduo frequentador das posições de elite de todos os campeonatos que disputará. Perdemos espaços na hierarquia do futebol brasileiro, perdemos respeitabilidade e precisamos readquirir nosso posto nacional e internacionalmente. Chega de preocupação com rebaixamento. Chega de humilhações. Time como o Galo não pode ter mais do que 10 derrotas no ano, time como o Galo não pode perder uma só partida em seus domínios com resignação. É hora de um novo tempo, de uma nova mentalidade, vencedora.

Esperamos que o planejamento de 2012 seja bem feito e com os questionamentos corretos. Não podemos cometer erros passados e vividos. O ideal é, pois futebol não há uma única receita, que, pelo menos, estruture-se uma base de time durante duas, três temporadas, alterando pontualmente peças. O segredo do tão falado e paparicado Barcelona é isso. O Cruzeiro, rival de ocasião, montou um belo time durante temporadas seguidas e quase ganhou títulos de expressão. O próprio Internacional manteve um time por três anos e foi campeão mundial. No Galo, por exemplo, estivéssemos, ainda, com o Diego Souza, o Tardelli e o Obina e o Renanzinho no meio campo, tenho convicção que estaríamos, hoje, comemorando o título brasileiro, ausente há 40 anos. Não porque são craques, mas pelo que foi construído no ano anterior e que começaria a render frutos. Precisávamos de bons laterais, e ficamos sem eles a temporada inteira. Precisavamos de volantes de contenção, como o Pierre, que apenas apareceram no fim do campeonato. Ficamos sem o homem-gol, a referência, e historicamente precisamos dela. 

Portanto,  que o ano de 2012 seja pródigo, inclusive com o possível e provável rebaixamento da parte sinpatizante azul de Minas Gerais. Embora, seja uma grande possibilidade nós tacarmos a pá de cal neles, na última rodada, não pode ser a única alegria do atleticano. Poderia ser a nossa realidade, de novo, não nos esqueçamos disso. Temos que utilizar isso, construtivamente, para que a roda gigante do futebol mineiro retorne à normalidade, e nela permaneça eternamente.

Saudações atleticanas

Vencer, vencer, vencer...






Roberto Lauria

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