sábado, 27 de julho de 2013

Liberadores Quæ Sera Tamem

Liberdade ainda que tardia, e como tardou. Esperamos pacientemente, com muito sofrimento, com muitas alegrias, com muita fé e esperança por esse dia. Não digo o dia que conquistamos a América, pois a América é pequena pro tamanho do Galo. Por várias vezes tivemos o melhor ou um dos melhores times da América, mas nos faltou a oportunidade de mostrar.

A liberdade que finalmente chegou é a liberdade dos preconceitos, dos medos, do azar. Tenho certeza que naquele pênalti aos 48 do segundo tempo para o Tijuana, todos os atleticanos pensaram “isso é coisa que só acontece com o Galo”. E era mesmo, mas não mais. Depois daquela defesa, e mesmo antes dela, o Galo assassinou dezenas de tabus, e agora com esse título, marca o nascimento de uma nova era, uma era alvinegra, onde o Brasil e a América passará a respeitar e invejar ainda mais o maior de Minas.

Durante toda a história atleticana, o time sempre foi carregado e empurrado pela torcida, mas o que estamos vendo desde a inauguração do Independência é algo fora de série. Todos os times que ousaram em pisar no Horto para enfrentar o Galo saíram derrotados, ou na melhor das hipóteses, levaram um ponto pra casa. Não tem um time em sã consciência que vêm pra BH enfrentar o Galo com a esperança de vencer. E na Libertadores isso foi essencial. Mesmo quando fomos obrigados a nos mudar para nosso salão de festas, também conhecido como Mineirão, o Galo mostrou que em seu terreiro ele bica e impõe respeito.

Foi um título sofrido, onde tivemos momentos de sorte, momentos de raça, momentos de medo, momentos de pânico. Mas tudo isso é a cara do Atlético. Não podia ter sido diferente. Foi tão bonito, tão épico, tão incrível, que desde o final do jogo, não consigo parar de comemorar e de ver, ouvir e ler cada comentário, cada replay ou cada crônica desse jogo épico que consagrou o Galo e canonizou Victor. Sorria, atleticano, você é campeão da Libertadores. Sorria, pois você tem um santo a mais para dedicar suas orações. Sorria, pois temos um time de guerreiros, de herois, um time que nos representou perfeitamente nessa libertadores, e que nos representará no Mundial em Dezembro.

E com relação ao mundial, é claro que temos que manter a humildade e os pés no chão. Nossos adversários serão pedreiras assim como foram os da Libertadores. Poderemos enfrentar o todo poderoso e milionário Bayern de Munique, atual campeão Europeu, em uma final tão dramática e tão épica quanto a nossa de quarta-feira. A parada vai ser dura, vai ser difícil, beirando o impossível, mas podem me chamar de louco por acreditar no Galo, mas mais louco eu seria se não acreditasse.

De Belo Horizonte para Minas Gerais, de Minas Gerais para o Brasil, do Brasil para a América e da América para o Mundo.Esse é o Clube Atlético Mineiro, o Galo forte e vingador.

#ÉCAMpeão




Leandro Figueiredo
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