sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Conto de um Paulistano Atleticano


Domingo, dia 02 de Setembro de 2012, estava há um pouco mais de um mês morando em São Paulo, e como da última vez, morrendo de saudades do Galo. Já havia ido a casa do meu brother Henrique Aroeira, conferir o clássico e havíamos pré marcado de ir ao Pacaembú ver Galo x Corinthians.

 De manhã o próprio me liga e pergunta se eu ia e se eu iria com ele e com sua esposa a simpaticíssima Carol, confirmei na hora.

A caminho da estação Largo 13 para pegar o metrô, o primeiro fato inusitado, um baiano me para me pedindo informações: “Deixa eu te perguntar, você sabe onde tem um puteiro por aqui?”, claro que ri ao responder que não sabia, e cada um de nós seguiu seu caminho. Mais de uma hora de metrô e muita ansiedade por estar com a camisa do Galo por baixo de outra camisa, mas deixando a gola branca e dourada e as mangas douradas da camisa comemorativa de 98 anos a mostra. Na chegada na estação das clínicas, um pouco mais de espera pela chegada dos meus caríssimos amigos.
Como chegamos meio em cima da hora, só tinha lugar no meio da excursão da Galoucura, mas como diz a música “Vou até de arquibancada pra sentir mais emoção”. Entrou o Corinthians primeiro, sua torcida estava inicialmente meio morna, o que pela sua fama inicialmente me decepcionou. Entrou o Galo, e realmente fiquei emocionado ao ver um craque como Ronaldinho Gaúcho com a camisa do Galo, melhor ainda ao ver a música e a maneira como a torcida o saúda, como ele realmente merece, como um deus do futebol.

Começou o primeiro tempo, e o Galo dava show, Ronaldinho escapava com dois chapéus pelo meio de campo e levava perigo, dava trabalho a defesa, o Galo era muito mais time, se continuasse assim seria um questão de tempo até marcar o gol, Marcos Rocha pela direita sempre tinha espaço, e a marcação corithiana era ineficiente assim como seu ataque. Porém, veio o segundo tempo, e Tite corrigiu o posicionamento do seu time, colocou Danilo em cima de Marcos Rocha para prender nosso lateral e dificultar a saída de bola, Romarinho ficava em cima de Júnior César, e Ronaldinho recebia reforço de um zagueiro para ser marcado, para piorar tudo, Jô se machucou e nossa presença de área se acabou (não sei porque entrar com Guilherme, se o Leandro estava no banco, não foi pra substituir o Jô que ele veio?), e vimos um Emerson Sheik inspirado no segundo tempo. Em nosso setor, vimos a cobrança de Douglas, e o gol de Paulo André. Em um jogo de muita e eficiente marcação, venceu que aproveitou melhor suas oportunidades. Vimos Tite e Sheik saindo de mãozinhas dadas (que lindo o xilique que eles deram juntinhos).

Depois do Gol, finalmente vi uma bonita festa da torcida do Corinthians, que preferia ter visto calada os 90 minutos, mas como nos orgulhamos da nossa torcida, vamos dar méritos a fiel pela torcida fanática e inflamada que é. Saímos aos 40 minutos e não vimos nosso gol anulado, que se fosse a favor do Corinthians, provavelmente seria validado, e nem nossa expulsão. Valeu por matar a saudade do Galo e de ver pela primeira vez o craque Ronaldinho com o manto, e espero ver muitos outros jogos do Galo por estas bandas, porém com desfechos diferentes.







Bruno Simões
 

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