Nada a comemorar

Me dói muito que estamos mais um ano simplesmente permanecendo na Série A, e me dói ainda mais ver que a nossa torcida está comemorando muito isto. Seja pelo fato do time ficar na série A, seja pelo fato do nosso maior rival estar em uma luta contra o rebaixamento.

A verdade é que somo atleticanos e não deveríamos comemorar nem um nem outro.

       

O time do Galo foi 14 vezes semifinalista do campeonato brasileiro, 3 vezes segundo colocado, uma vez campeão, se o campeonato fosse em ponto corridos desde 1971, teríamos ganho 5 edições (sem precisar de ajuda do apito, até jogando contra ele). Se não houvessem árbitros tendenciosos sabe-se lá quantos título teríamos e qual seria o gigantismo de nosso clube.

Salvo as temporadas de 1999, 2003 e 2009, passamos quase 10 anos no mesmo suplício, jogadores medíocres, treinadores que tratam o Galo como time pequeno, campanhas horrorosas. Meus caros amigos apaixonados pelo nosso Galo, não temos nada a comemorar.

Entendo de coração se celebrarmos a queda (e muito provável) de nosso maior rival. Foi muito doloroso em 2005 enquanto chorava a queda do nosso mais preciso bem do futebol nacional, ouvir foguetes, buzinas, e gritos. Era nosso momento de dor, era um luto, algo dentro de todos nós havia morrido aquele ano e merecia nãoa penas um minuto, mas um ano inteiro de silêncio. Acho que se pudermos, não devemos fazer silêncio ou respeitar luto de rivais. Devemos sim fazer barulho.

Porém devemos manter sempre em mente, somos ATLETICANOS e não anti cruzeirenses. Nosso ano não foi bom, nosso time e elenco precisam melhorar, precisamos ter mais atenção em nós e menos nos rivais, precisamos de dar uma resposta em campo. Precisamos voltar a ser o Galo que chega como favorito, que é temido em casa e fora, que derruba gigantes na base da raça, que joga contra 11, 12, 13 e um juiz e dois bandeiras. Vamos resgatar o “G” Galo, o “G” da Garra, e voltar a ter o G de Gigantes.

Bruno Andrade

Twitter