terça-feira, 4 de outubro de 2011

Galo In Memoriam - Marques

Na primeira edição deste quadro, o protagonista não poderia ser outro a não ser o último grande ídolo que toda a massa alvinegra reverencia e aplaude de pé por onde passa.
Dono de um drible previsível, mas imarcável. Esse foi Marques Batista de Abreu, ou simplesmente Marques. Calango para os mais íntimos. Um jogador que aliava raça e determinação à sua técnica e habilidade. Caráter invejado por qualquer um. Sempre que entrou em campo, deu suor e sangue para representar o alvinegro, seja nos bons momentos ou nas horas mais difíceis, como foi em 2005.


Em 97, formou uma das melhores duplas de ataque do Galo nos últimos tempos, servindo Valdir Bigode. Conquistaram a Conmebol naquele ano, numa equipe que ainda contava com Taffarel. Após a saída de Valdir, a diretoria trouxe o contestado Guilherme. Resultado: ao lado de Marques, formou outra dupla inesquecível, sendo chamada de "Dupla Infernal". Em 99, Guilherme marcou 28 gols no campeonato brasileiro. Marques contribuiu bastante para este número. Até hoje, é arrepiante quando lembramos dos momentos em que o ídolo pisava em campo trajando sua camisa número 9, com o Mineirão lotado, muitas vezes com 70 mil pessoas, entoando um só grito: "Olê Marquês". Na sua volta, em 2005, chegou nos braços da torcida, que tanto esperava aquele momento. Infelizmente, o ano foi trágico. Marques se despediu do futebol em 2010, fazendo sua ultima partida na derrota para o Santos por 3 x 1, na Vila Belmiro. Um jogo antes, o seu último no Mineirão, marcou o gol do título mineiro em cima do Ipatinga, em momento de emoção para todos que o viram jogar no auge da carreira.

Ídolos são eternos. A torcida jamais deixará de lado os mágicos lances e gols que Marques fez com a camisa do Galo, hora listrada, hora toda branca. Não falarei "Obrigado Marques" nessa coluna escrevendo apenas uma vez esta frase, pois o agradecimento ao ídolo nós temos que fazer todos os dias. Se, na condição de deputado, Marques usar 10% de sua competência que tinha em campo, será o melhor político do Brasil. Esperamos ver, algum dia, ele ocupando algum cargo maior dentro do Atlético.







 


Daniel Michelini
Twitter

Nenhum comentário:

Postar um comentário