Contratações relâmpago da Era Kalil

A passagem do atual presidente Alexandre Kalil pelo Atlético não está sendo nada vantajosa para a torcida. Dois anos consecutivos brigando bravamente para não ser rebaixado. Este ano, o caminho para a segunda divisão parece já estar pronto e sem desvio.

Élder Granja

Nesse triênio, Kalil fez mais de 70 contratações, o que dá uma média de mais de 2 times contratados por ano de gestão. Atletas sem identificação e perfil do centenário clube de Lourdes se apresentaram no CT. Muitos não chegaram a jogar nem cinco partidas pela equipe. Quem se lembra do meia Carlos Júnior? Pois é. Jovem meio campo contratado para um período de testes no clube e que agradou o então técnico Emerson Leão. Marcou gol na partida de estreia. Na segunda partida, foi expulso ainda no primeiro tempo por chutar a bola para fora com o jogo já paralizado, levando o segundo amarelo. Depois disso, não ouvimos mais falar dele. O que falar então do também meio campo Hugo, que foi destaque do Tupi e veio para o Atlético. Sem fazer sequer uma partida, foi emprestado ao Goiás, após sofrer com lesões aqui em Minas. Hoje, está no Villa Nova.

Não é de hoje que sofremos com problemas na lateral esquerda da equipe. Este empecilho é antigo. No ano de 2009, com Thiago Feltri e o experiente Júnior revezando na posição, a diretoria buscou no Corinthians o que pensavam que poderia ser a solução para aquele lado: Wellington Saci. Encostado na equipe paulista, foi contratado por ter sido uma boa surpresa atuando pelo Itumbiara, de Goiás. No entanto, participou de apenas 8 jogos vestindo a camisa atleticana. Hoje, joga no Sport. Jogadores estrangeiros também vieram no pacote de Alexandre Kalil. Do equadro, veio o meia Edison Mendez, que chegou com status de estrela, mas pouco jogou, tanto em numeros de jogos quanto na qualidade do futebol apresentado. Ainda no início de 2009, o então encostado no Santos Mariano Trípodi veio para ser uma boa opção no ataque. De tão bom que era, foi emprestado pelo Santos gratuitamente, com a equipe praiana pagando os salários. Não marcou nenhum gol. Ainda para o ataque, uma opção surgiu do sul do brasil: o vaiado e muito contestado pela torcida do xará goianiense Julio César. Sua passagem pelo Galo foi catastrófica. Não fez nenhum gol e atuou por alguns minutos apenas. Na lateral direita, a principal aposta foi Elder Granja. Após boa passagem pelo Palmeiras, não repetiu as boas atuações com a camisa alvinegra e jogou muito pouco. Rescindiu amigavelmente o contrato e hoje é reserva do São Caetano.

Mariano Trípodi

A diretoria apostou em muitos jogadores jovens. Dentre eles, os meias Joedson e Nikão. Joedson jogou pouquíssimas partidas como titular. Foi contratado á pedido do ex técnico Vanderlei Luxemburgo, que também pediu Nikão, destaque da base do Santos. Hoje, Nikão é reserva do Bahia. Ainda no meio campo, mas na defesa, jovem e ex volante do Santo André, Alê foi contratado com a fama de bom marcador, sendo um dos responsáveis pela boa campanha da equipe do interior paulista no regional de 2010. No entanto, jogou poucas partidas e não vingou. Luxa também pediu a contratação de outros dois jogadores que vieram do Norte do Brasil: Jheimy e Jackson. O primeiro não atuou em nenhuma oportunidade com a camisa do Galo. Foi emprestado ao Boa Esporte e é o artilheiro da equipe na Série B. Já o meia Jackson jogou algumas partidas com Luxa, não agradando a torcida. Chegou a ser rebaixado para e equipe júnior algumas vezes. Em 2011, com Dorival no comando, foi improvisado na lateral direita no inicio da temporada, mostrando evolução. Infelizmente, sofreu grave lesão e, há 8 meses, está no estaleiro.

Foram muitas contratações equivocadas e poucas certas. Muito dinheiro jogador fora. Isso é um dos fatores que estão levando o Galo ao fundo do poço.

#ReageGalo

Daniel Michelini
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