É o Galo que sempre sonhamos

Sobre o momento memorioso em que vive o Galo, (queria falar glorioso, mas glória é após conquista, e Mineiro não nos glorifica mais). Aliás, queria começar falando sobre os títulos do Galo. Não vou falar de todos, pois sim, são muitos. Não menos importantes para nós torcedores do Clube Atlético Mineiro que de alguns outros times do Brasil.


E por isso, não entendo o porque da própria torcida, ter dado corda pra imprensa, de que título por exemplo a Conmebol não vale nada, e blá blá blá. Não quero render sobre isso porque muito já se foi falado. E como diria um amigo meu, Anderson Moura: “Quem gosta de título é cartório, quem gosta de taça é garçom, eu gosto é do Galo e ponto!” E para o atleticano, somente o fato de gritar: Galoooooooooooooo, até arrebentar a garganta e ir até em casamento com a camisa do Galo, já é um título conquistado todos os dias. Não é mesmo?

Agora falar um pouco sobre o momento em que estamos vivendo. Eu tenho 25 anos, e já vi sim o Galo ganhar títulos importantes, mas o que esse momento está nos proporcionado é algo ainda não visto ou sentido. Faz com que atleticano se identifique na rua, você não conhece a pessoa, mas está com a camisa do Galo vira seu amigo e por ai vai. É um momento único, que tem que ser valorizado a cada instante, é camisa do Galo pro Papa, pro Cristiano Ronaldo. É Ronaldinho Gaúcho falando: “Aqui é Galo, é Galo, é Galo”. Vocês tem noção do que é isso?

Ronaldinho Gaúcho, aquele mágico, mestre, gênio que até cachorro lá na china (antes de virar comida é claro), conhece e admira. Inclusive, meu primo, de 8 anos, de pai cruzeirense rosa, quer dizer, roxo, virou atleticano e não há quem o tire isso da cabeça por causa do R10!

É ter um Tardelli, que é mais atleticano que muitos torcedores, que joga por prazer e como se diz em Minas: Caça até briga por “cauz” do Galo!

É voltar a revelar craque, como Bernard, que depois dessa Copa das manifestações, ganhou ainda mais motivação pra ganhar essa Libertadores. É reerguer um Jô, que ninguém acreditava e agora tem ainda mais confiança de que é o matador que depois de Guilherme, não tínhamos mais.

É ter um zagueiro do nível que é o Rever, e que também literalmente veste a camisa do Galo e da o sangue na partida, sangue que é visto nos olhos em todos os jogos pelo Pierre, e por fim o goleirão Victor, que nos fez ficarmos mais tranquilos, pois desde Diego Alves não tínhamos confiança quando a bola chegava lá, já fechávamos os olhos sabendo que iríamos tomar gol. Vou nem falar da defesa de um pênalti, em um certo jogo ai no dia 30/05/13 que levou Milhões de atleticanos da depressão à imensa felicidade em segundos, que nos fez soltar aquele “Gaaaaalooooooooooooo” (vou parar com os ooooo senão vão dar infinitas páginas).

E por fim, um tal de Alexandre Kalil. O responsável por tudo isso, com muita competência, um pouco de sorte, mas o principal, por ser Atleticano de coração, de chorar e sofrer como todos nós, e por isso entendeu que o Galo precisava voltar a ser lembrado e falado pelo mundo todo, e conseguiu, conseguiu até mais que ele próprio imaginaria eu acho.

Estamos a 4 jogos de um sonho tão esperado a conquista da Taça Libertadores da América, pra coroar tudo e todos envolvidos, dentre esses, nós, atleticanos digo sempre atleticano, pois sempre me lembro de uma frase escrita pelo apaixonado pelo Galo Chico Pinheiro que diz, o que nós tanto tentamos mostrar pro mundo desde 1908: “Eu não sou torcedor do Atlético-MG, sou atleticano. Tem uma ligeira diferença entre ser torcedor de um time de futebol e ser atleticano. Quem é sabe do que estou falando”

Então, por isso e muito mais, devemos nos orgulhar e nos preparar para a nova  era de títulos e glórias, não mais importantes que o simples fato de ser Atleticano.




Jardel Marques
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