Faltam dois dias. Dois dias que mais parecem dois anos, dois dias em que
não sabemos bem o que sentir, o que pensar e, muito menos o que fazer,
só sabemos que a nossa hora está prestes a chegar.
Ansiedade e tranquilidade, medo com confiança, certezas com incertezas,
sentimentos que insistem em não nos abandonar, se fazem hoje, mais que
ontem e menos que amanhã, presentes na vida de cada Atleticano. Sempre torcemos e torceremos contra o adversário que for, mesmo que este
seja uma força da natureza.
Hoje, o nosso maior rival é invisível aos
nossos olhos: o tempo. Tempo que já nos trouxe craques, jogadores
desacreditados que se revelaram mártires, momentos épicos e alguns com
uma dose de surrealismo que até Salvador Dalí desconhece, para o bem ou
para o mal, e que nós, Atleticanos, conhecemos como ninguém.
Tentar
descrever o indescritível, é isso que sempre fez e faz, mais uma vez, o
Atleticano a cada vez que fala de tudo que o cerca como membro dessa
seita chamada Clube Atlético Mineiro. Sentimentos, histórias, de
milhões de almas que se uniram em torno de um único ideal sempre
estiveram em jogo e dessa vez não poderia ser diferente. Temos a
''certeza na frente, e a história na mão''. Estamos a um passo de toda
uma glória, separados e lutando, mais uma vez, contra o tempo.
Tempo que nos trará a redenção, a liberdade ainda que tardia de estigmas
e rótulos que insistiram em perdurar por tantos anos, a confirmação de
que, mesmo passando por mudança e adversidade, somos o que sempre fomos,
um Galo forte e vingador que luta, luta e, luta, pra vencer, vencer e,
vencer.
Alcino Augusto
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