quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

"Meu dia de Rei do Mineirão"

Estava em casa de bobeira no auge dos meus 19 anos em1996 quando toca o telefone, era um grande amigo, de quem permaneço grande amigo até hoje fazendo um convite para um excelente programa “Vamos amanhã ao Mineirão? A galera toda vai.”.

Como bom atleticano apaixonado pelo estádio e até muitas vezes frequentador de geral, aceitei, vi como bom atleticano se minha camisa estava pronta para a guerra e a separei.

Logo estávamos uma turma de jovens, se encontrando na região da Prudente de Morais, para pegar o ônibus e ir até o Bairro Ouro preto,  e fazer um Pit Stop na casa do Leo, que morava bem perto do Mineirão. Lá bebemos algumas cervejas  até chegar perto da hora do jogo, fomos para a porta do Mineirão no encontrar com o resto do pessoal. Lá estávamos nós, eu, Cristiano “Primão, Matheus “Lenny”, Leo Margutti (que também já foi ala de basquete pelo Galo, e nesse dia estava com sua camisa de treino, Daniel “Carajás, Daniel Brant, e organizador do encontro, o mais atleticano de nós todos, ilustríssimo Sr. Marcos Moura.

Chegamos quase em cima da hora, não havia lugar pra se sentar perto da Galoucura, e então fomos pra perto do Alambrado do Mineirão. Cervejas geladas (bons tempos), cantando as músicas, cantando o Hino, tudo preparado para o jogo, muita alegria antes do início. Notei um fotógrafo, batendo algumas fotos da torcida, lembro de pensar comigo “Quem sabe não saio no jornal de amanhã?”. A Bola rolou, o Galo foi Galo como sempre durante a partida, nos deixou feliz, nos fez passar aperto, nos deixou sem unhas, xingamos o juiz, mas saímos felizes do Mineirão, principalmente pelo dia entre amigos no Mineirão.

Nos jornais do dia seguinte, nada de foto minha. Sem problemas, foi um dia extremamente divertido na companhia de amigos e do Galo, no Mineirão.

Aproximadamente 1 ano depois, me liga meu vizinho, o Flavinho, também conhecido como Flavio Raúl, e me faz uma pergunta inusitada: “Moita? Você saiu na capa da enciclopédia do galo?”, minha resposta imediata foi “Acho que não”, havia começado a trabalhar finais de semana, nem sempre podia ir e as vezes quando podia o cansaço não permitia. Ele insistiu que a pessoa na capa se parecia muito comigo, fui em sua casa conferir.      
Ao chegar lá e ver a capa, me reconheci e reconheci meus amigos, e foi um dos dias mais felizes de minha vida. Me senti como Reinaldo marcando um gol em decisões de Brasileiro, como Taffarel pegando um Penalti, como Marques ou Guilherme nas semifinais de 1999, me senti um dos Reis do Mineirão.

Lá estava eu de cabeça raspada, minha velha camisa de 1995, com a qual presenteei minha sobrinha Olivia com ela alguns anos mais tarde, com a minha cerveja, cantando provavelmente o Hino, com vários bons amigos ao lado. Liguei para todos que reconheci na capa para falar de nosso feito. Duas grande injustiças, são que meu amigo Flavio Raúl que é frequentador assíduo do Mineirão, e já me levou várias vezes de carona, não estava este dia na foto. A outra injustiça é que o Marcos Moura, o Marcão para os íntimos, estava rodando a camisa na hora da foto e a camisa tampou seu rosto.
  
Porém é minha alegria que um uma pequena página na história do Galo, lá estou eu mostrando que amo o time desde muito antes de alguns torcedores de hoje serem nascidos e dividirem comigo a mesma paixão,e eu dividindo a paixão centenária de que nasceu muito antes de mim. Agradeço de coração ao fotógrafo e a quem escolheu a foto, por me deixarem ter um pequeno pedaço da história de uma paixão nacional de diversos torcedores fanáticos, o amor eterno ao Clube Atlético Mineiro, UMA VEZ ATÉ MORRER.




Bruno Andrade
 
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