terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Alexandre Kalil: balanço dos 3 anos de gestão

É provável que, nessa quinta feira, dia 15 de dezembro, o atual presidente Alexandre Kalil seja reeleito pelo Conselho atleticano. Na briga contra Irmar Ferreira e Fred Couto, a expectativa de que Kalil consiga vencê-los é grande, baseado na influência que ele possui dentro e fora do Atlético.

Nesses três anos da 'Era Kalil', foram várias contratações equivocadas, pesando a parte financeira do clube. Em contrapartida, jogadores como Diego Souza, Cáceres e Mendez, que apesar de não terem dado certo, vieram com um percentual enorme de aprovação da torcida. A parte financeira, pelo que foi passado à nós torcedores, está bem. Aumentou gradativamente a renda, apesar da falta do Mineirão.

Não faltam teorias para o sucesso do Atlético na gestão Kalil, fora de campo. A negociação da dívida entre o clube e o banco BMG, do ex-presidente Ricardo Guimarães, é a mais dita. Venda do shopping Diamond e também é muito comentada e apontada com um dos fatores primordiais para a boa administração financeira.
O clube pulou de R$60 milhões em 2008 para R$103 milhões em 2011. A valorização da marca fica evidente na comparação entre o que o clube recebia em 2008 com o que recebe agora em patrocínio. No ano do centenário, a arrecadação foi de pouco mais de R$8milhões com Lotto, Fiat e FPT. Já em 2010, o valor foi de mais de R$28milhões com Topper, Banco BMG e Ricardo Eletro.

O contrato de renovação para a transmissão do Campeonato Brasileiro assinado com a Rede Globo foi bastante vantajoso para o Atlético. Assim como outros grandes clubes brasileiros, como Internacional, Grêmio e Fluminense, o Atlético passou a ganhar R$ 53 milhões por ano. Desde 2009, ano em que Alexandre Kalil começou a projetar sua gestão, o alvinegro tem reajuste nos ganhos com direitos televisivos.


Arrecadação*
2008 2009 2010
Bilheteria 7.568.597,00 13.942.097,00 8.422.960,00
Direitos de transmissão 20.208.814,00 27.579.471,00 29.737.834,00
Transações de jogadores 11.714.533,00 6.978.695,00 10.160.985,00
Outras receitas atvidades esportivas 2.930.229,00 2.793.145,00 3.209.350,00
Projeto torcedor colaborador 962.549,00 822.247,00 711.237,00
Patrocinadores 8.099.186,00 4.374.232,00 28.092.852,00
Clubes sociais e esportes amadores 4.378.461,00 4.391.148,00 6.996.556,00
Receitas Patrimoniais 4.955.689,00 5.245.210,00 6.021.268,00
Total
60.818.058,00 66.126.245,00
93.290.042,00
 *Valores em Reais (R$)

(Quadro via Portal IG)

Jogadores

Assim que assumiu o Atlético, Alexandre Kalil declarou que, os jogadores contratados em sua gestão, não seria nenhum 'Zé Ninguém' que a torcida precisaria ir na Internet pesquisar quem era. Pois bem. O seu primeiro 'reforço' foi o até hoje desconhecido Júnior Carioca, que ficou apenas 5 meses no Galo, sob o comando do técnico Emerson Leão.

Jogadores emprestados ao Galo, como Fábio Costa e Jóbson, já rescindiram o contrato e voltarão ao Santos e Botafogo, respectivamente. O goleiro atuou em algumas partidas em 2010, não agradando a torcida. Perdeu espaço na partida contra o Grêmio, quando Dorival Junior estreou e lançou o jovem goleiro Renan Ribeiro, titular até hoje da posição. O meia Evandro e o atacante Júlio César, outros atletas que vieram por empréstimo, só que em 2009, não convenceram a torcida e acabaram saindo pela porta dos fundos. Evandro até chegou a marcar alguns gols, porém, foi devolvido ao Palmeiras ao final da temporada. 
Dos jogadores contratados em sua gestão, mais de 35% deles já rescindiram o contrato. Além dos já citados acima, atletas como Wellington Saci, Méndez e Diego Macedo não conseguiram mostrar um bom futebol e acabaram saindo. 

Além dos erros, o Atlético também não pode contar com a sorte durante esses anos. Jogadores consagrados como Diego Souza, eleito o Craque do Brasileiro de 2009, Carini, goleiro da seleção Uruguaia, e Rentería, jogador contratado pelo bom futebol apresentado no Internacional e que estava no futebol português, chegaram como excelentes reforços para a equipe em suas determinadas épocas. Porém, não repetiram o bom futebol de outrora.

Com a iminente reeleição, a torcida espera que a diretoria consiga trazer reforços pontuais, e não apenas jogadores que façam número, inchando o elenco. Antes qualidade do que quantidade.





Daniel Michelini
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