ENTREVISTA: Fred Couto, candidato á presidência do CAM

NOME COMPLETO: Frederico Peçanha Couto
IDADE: 53 anos
PROFISSÃO: Engenheiro Civil

1. De onde surgiu a ideia e por que a chapa se chama "Galo, uma nova ordem"?

 
Penso que precisamos de novos ares. De entrarmos no futebol dentro e fora de campo. De ter uma identidade com o time, clube, cidade e estado. "Nova ordem", pois estamos convidando todos para um movimento de resgate da identidade do nosso clube amado. Este é e será o ordenamento de nossas atitudes. Fazer algo novo. Com inteligência, e competência administrativa. Estamos ainda, de forma errada, na época de dizer "se o time está bem, o resto vem atrás". Isto está ultrapassado. Precisamos de algo novo. A administração anda paralela ao futebol.

2. Há quanto tempo você é conselheiro do Atlético?

Fui eleito Conselheiro há 8 anos e me tornei Conselheiro Benemérito há 5 anos.

3. O motivo do insucesso do Atlético nos últimos anos está apenas na diretoria?

Não. Para que você tenha sucesso ou fracasso, em toda e qualquer atividade, é necessário uma série de acertos ou erros. Em relação aos insucessos, a diretoria tem uma boa parcela de culpa, mas levando-se em
conta os acertos, também possui uma boa parcela de sucesso.

4. No momento que o Galo está vivendo no Brasileiro, qual seria o papel do presidente para buscar reanimar a equipe?
 
Estar sempre com seu elenco, depositando total confiança na equipe e acreditando que ela poderá superar esta fase difícil. Tenho comigo que deveremos, nós candidatos, fazer uma visita ao CT, com o intuito de dar apoio a todo o time e comissão técnica.

5. Você acha que, na questão do futebol dentro das quatro linhas, a falta do Mineirão influenciou na campanha do Galo em 2010 e 2011?

Não. Como disse anteriormente, são vários fatores. Não podemos apontar a falta de estádio como o responsável pelo insucesso. É importante dizer que fomos rebaixados em 2005 em pleno Mineirão. O que mais dói é que não aprendemos com nossos erros e estamos sempre lutando para não cair.

6. Você é a favor de uma auditoria do Conselho?

Sou a favor da total transparência. Já houve auditorias e, neste aspecto, aconteceu algum avanço. Precisamos mais. Precisamos da efetiva participação na administração do clube como um todo. E isso passa pelos nossos Conselheiros, através das Comissões.

7. Muitos não sabem. Explique qual a importância do Conselho Deliberativo dentro de um clube de futebol.

Fiscalizar, acompanhar e aprovar as propostas orçamentárias e os gastos da Diretoria Executiva. Por isso, é de fundamental importância que o Conselho seja mobilizado para que volte a funcionar como deve. Acho que nosso Conselho deverá ser mais participativo. Na nossa gestão vamos precisar desta participação, pois desejamos mudar muita coisa com o aval do Conselho.

8. Caso você seja eleito, o projeto de "Sócio Torcedor" será efetivado? Como irá funcionar?

Acredito que o ser humano vive do dar e receber. Assim será nosso Programa de Sócio-Torcedor. Não poderemos falhar novamente, como nos casos "Fica Ronaldo" e "Projeto Cemig". Temos ideias e, se formos eleitos, iremos apresentá-las e vendê-las a todos, juntamente com nossa equipe de Marketing
e Diretoria de Novos Negócios, que será criada.

9. Qual o seu balanço sobre a administração feita por Alexandre Kalil até aqui?

Os números falam por si. Digo isso somente sobre os resultados dentro do campo. Fora dele não tenho a menor ideia. Faço uma observação quanto ao passivo trabalhista que, a meu ver, deva ser enorme. Vamos ter que encarar estes problemas.

10. Qual o seu principal objetivo como presidente do Atlético?

Colocar o Clube Atlético Mineiro entre os quatro maiores clubes do Brasil. Ganhar títulos, será consequência de um trabalho.

11. Se você for eleito, já tem algum nome de treinador ou jogador que você e sua chapa já pensam para o ano que vem?

Temos sim, mas não posso revelar.

12. Os conselheiros tem conhecimento sobre a situação financeira do Atlético? Se sim, como está?

Não. Eu não tenho conhecimento. Apenas sei que temos uma dívida alta. É necessário salientar que nossos ativos são bem maiores que o passivo. Temos que reduzir restas dívidas com
responsabilidade, sem comprometer a performance do time, pois caso isto não seja feito, corremos o risco de termos passivos maiores que ativos. Este quadro seria o fim.

13. Na sua gestão, a parceria com o Banco BMG, do Sr. Ricardo Guimarães, que retém parte do capital gerado de negociações para sanar a dívida que o CAM tem com ele, será mantida?

Não conheço as cláusulas deste acordo anunciado pelo nosso presidente. É necessário pagar nossas dívidas. O Ricardo é nosso credor e como credor será respeitado e convidado a assentar na mesa, para termos um consenso.

14. Você buscará um aproveitamento melhor do trabalho implantado nas categorias de base do clube?

Procuraremos nossa identidade que há muito tempo perdemos. Só teremos identidade com o aproveitamento dos garotos. Tenho comigo que precisamos dar ênfase à peneiras na grande BH e interior de Minas. Os garotos estão próximos das famílias. Acho isto importantíssimo. Dou exemplos como Cerezo,
Getúlio, João Leite, Marcelo, Paulo Isidoro. Mais recente, Fillipe Soutto e Bernard.

15. Não vemos o Atlético, há tempos, buscando jovens valores em países sul americanos ou até mesmo dentro do Brasil. Vários dos excelentes jogadores espalhados pelo mundo são dos países da América, como Kaká, Messi e Chicharito (pegando exemplo dos que jogam na Europa). Na sua gestão, você tem a intenção de colocar olheiros espalhados em outros países ou apenas no Brasil?

Faz parte de nosso plano de governo trazer jogadores das categorias de base de vários clubes da América do Sul. Temos que ter equilíbrio nestes casos. Vamos trazer também as famílias. Não gosto de garotos desta idade longe de suas famílias.

16. Deixe uma mensagem ao leitor do blog Portal da Massa.

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