sábado, 1 de outubro de 2011

Grito D'alma

Muitos pretendem ir a Sete Lagoas domingo, jogo frente ao Ceará, para vaiar e protestar contra a situação do Atlético no campeonato brasileiro 2011. Sem dúvidas é um direito de qualquer um que paga seu ingresso. Porém, discordo desse intento, pois a hora é de apoiar e mostrar o diferencial deste clube. 

Ontem, assisti, mesmo em João Pessoa-PB, a uma entrevista do Alexandre Kalil, no programa Alterosa no Ataque - via internet - da TV alterosa, e entendo como bastante plausíveis seus argumentos e aceito a remissão de erros cometidos. Muitos clubes queriam contar com André e Guilherme nos seus elencos, mas foi o Galo quem os trouxe. Pena que ambos estão fora de forma e sem um time pronto, definido. E esse, talvez, seja o MAIOR PROBLEMA do nosso GALO: Não construir e manter uma base de time durante duas, três temporadas, como os clubes vencedores desta década fizeram, inclusive nosso rival celeste das Minas Gerais - que inclusive, após quebrar essa base de time, está, HOJE, jogando PIOR que o próprio Atlético. Muito erros aconteceram, e terão ser corrigidos no próximo ano, mas neste momento precisamos ser atleticanos.
É claro que queremos vencer, esse é o nosso ideal - como diz o hino - contudo, ser atleticano é uma experiência tão única que não nos consideramos torcedores, mas cúmplices, companheiros, afinal não importa a situação do GALO dentro de campo, sempre há a certeza que nós, abnegados, estaremos SEMPRE LÁ, mesmo que seja pra sofrer, pois ver o manto alvinegro tremulando às costas de qualquer atleta, este torna-se, de imediato, nosso ídolo ou nosso algoz. O grito de "gaaaaaalllllôôôôôôô" vem da alma, não das cordas vocais. Há um processo de identidade que ninguém entende:
Como um clube de futebol que não ganha títulos importantes há décadas consegue fazer crescer seus fieis torcedores? 
A resposta é simples: não somos torcedores, somos parte integrante e essencial desta instituição tão idolatrada. Não obstante, o despeito dos simpatizantes de outras agremiações, não podemos perder essa essência de parceiros incondicionais, tanto que o Galo foi o único time rebaixado à Série B sendo aplaudido no jogo de seu rebaixamento, e conseguiu, nessa Série, lotar dois estádios na festa do título. São façanhas únicas, mesmo que doídas, sofridas, e mostram o quanto ser atleticano é uma opção de vida, faz parte das entranhas de cada um de nós.
Diante disso, nunca percamos de vista que, independente de quem esteja vestindo - ocasionalmente - o manto sagrado, nossa torcida é sempre por este escudo, por esta nação, que embora não seja a maior, nem seja decantada como fiel, é a mais PRESENTE, a única que tem um grito d'alma para apoiar e presentear nossos representantes dentro de campo.


Saudações alvinegras








Roberto Lauria

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