ENTREVISTA: Fillipe Soutto, a jóia da base

NOME COMPLETO: Fillipe Soutto Mayor Nogueira Ferreira
IDADE: 20 anos
CIDADE NATAL: Belo Horizonte


1. Conte-nos como você chegou ao Atlético.

Cheguei ao Atlético em setembro de 2002, com 11 anos, em uma avaliação marcada pelo treinador da Escolinha de Futebol do Labareda. Desde então, passei por todas as categorias até chegar, graças a Deus, ao profissional do Galo, em 2010.

2. Com sua pouca idade, Dorival Junior o lançou num momento em que o Galo vivia situação delicada no campeonato. Isso prejudicou de alguma maneira o seu desempenho dentro das quatro linhas?

Fui lançado pelo Dorival Júnior num momento complicado. Mas todo jogador de base tem que se preparar para jogar no profissional, no momento em que for preciso, independente da situação.

3. O fato de ter feito a função de lateral esquerdo em algumas oportunidades em 2010 o deixou pouco a vontade dentro de campo?

Como disse, naquela oportunidade procurei fazer o meu melhor. Embora prefira jogar de volante, estou à disposição para ajudar da forma como o treinador quiser me usar em campo.

4. Apesar de ter saído derrotado, fazer o primeiro gol como profissional em um clássico é especial. O que passou por sua cabeça na hora do gol, na Arena?

Foi um momento especial, por se tratar de um clássico, mas nesta fase que o Atlético tem vivido, o mais importante é vencer e, precisávamos muito daquele resultado. Por isso, minha alegria não foi completa, uma vez que o que interessa são os 3 pontos do time, independente de quem fizer o gol. 

5. Pelo segundo ano consecutivo, o Atlético briga para não cair. Você acha que isso prejudica sua carreira profissional?

Na minha opinião, sempre temos que ver as coisas pelo lado bom. Obviamente, todo jogador prefere brigar para ser campeão a lutar para não ser rebaixado. No entanto, acredito que tenho amadurecido bastante e essa situação ruim tem feito muito bem para meu crescimento profissional. 

6. Você já recebeu alguma proposta para sair?

Ainda não recebi sondagem para sair do Atlético.

7. O sonho de muitos jovens é jogar na Europa o mais rápido possível. Você também tem esse sonho ou quer consolidar sua carreira no Atlético?

Creio que temos que viver o presente intensamente e trabalhar para colher bons frutos no futuro. Hoje, penso exclusivamente aqui e quero conquistas pessoais e coletivas neste clube, para o qual tenho um carinho especial. Então, quero permanecer aqui e, depois, realizar o sonho de jogar na Europa.

8. Caso você fosse convocado para o Pan Americano, você iria ou pediria dispensa para ajudar o Atlético na recuperação no brasileiro?

Na verdade, quando houve a especulação a respeito da convocação para o Pan, me manifestei em favor de ajudar o Galo. Vivemos um momento muito delicado aqui. O desejo e a necessidade de reagir no Brasileirão são maiores do que qualquer outra coisa, neste momento.

9. Como foi o pacto que vocês jogadores fizeram para não cair?

Sabendo das dificuldades, colocamos entre nós os pontos que precisávamos melhorar urgentemente; nos fechamos e vamos lutar até o fnal para que este "pacto" tenha sucesso.

10. Você planeja participar das Olimpíadas de Londres?

Servir a seleção é um sonho muito grande. Ter a oportunidade de participar das Olímpiadas, que é um celeiro de talentos de todos os ramos, seria maravilhoso. Pretendo trabalhar muito para que não seja apenas um sonho, mas uma realidade na minha vida. 

11. Na sua opinião, qual foi a causa da equipe não ter se encontrado no primeiro turno, sob o comando do Dorival Junior?

É difícil falar sobre esse assunto. Se soubéssemos o porquê de o time ter se perdido em grande parte do campeonato, certamente não teríamos deixado esta situação ficar tão desagradável. Agora, isto não nos interessa mais. O que passou, passou. Temos que viver o dia de hoje com muita seriedade e comprometimento.

12. Você jogou no Ipatingão e na Arena. Aonde você acha que a torcida faz mais diferença?

Quando o time está bem, a torcida, que é fanática, o empurra. A Arena é um estádio menor, torna-se um caldeirão quando está lotada. Isto pode fazer muita diferença para nós, em campo.

13. No começo do ano, Ricardinho e Zé Luis foram mandados embora do clube por terem sido de um possível racha, com fama de desagregadores. Como era a convivência com estes dois jogadores? Eles realmente faziam algo que pudesse colocar jogadores uns contra os outros?

Particularmente, não tenho queixas. Ambos me ajudaram bastante; por isso, só tenho a agradecê-los. Quanto à dispensa, acredito que foi uma decisão tomada por nossos comandantes e não é algo que devemos comentar. Desde aquele dia, coube-nos acatar a decisão e continuar trabalhando para o Atlético lutar pelo título no Campeonato Mineiro.

14. Deixe uma mensagem ao leitor do blog Portal da Massa.

Gostaria de agradecer ao torcedor pelo carinho para comigo, demonstrar minha admiração pela paixão e fidelidade ao Galo, E pedir que continue nos apoiando neste momento, com fé e incentivo, porque precisamos muito dele nesta reta final, ele pode fazer muita diferença a nosso favor.