segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mineirão - 46 anos de histórias

Aguentar mais de 100.000 pessoas pulando, vibrando e cantando não é qualquer um que aguenta. Nosso gigante da pampulha já nos presenteou com vários espetáculos dessa maneira. Clássicos entre Galo e
Cruzeiro parava o estado. Os arredores do Mineirão ficavam cheios. Quem nunca, antes dos jogos do Atlético, ficou no meio da "muvuca" no Bar do Peixe e nas barracas do portão 9?
Quem nunca passou raiva com os vendedores de água que passam na nossa frente durante o jogo com aquela voz irritante de "Olha a água, olha a água!" e teve vontade de chutá-lo para fora da arquibancada?

Além disso, jogos que a torcida atleticana nunca irá esquecer. Como não se recordar daquele primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro de 1999, contra o Corinthians, vibrando com os 3 gols do matador Guilherme, na vitória por 3 x 2? A massa foi ao delírio logo aos 15seg de partida, quando o Belletti acertou
Galo x São Paulo - 1971
milimetricamente a bola na cabeça do artilheiro. O caminho até a final do Brasileiro daquele ano foi árduo. Nas quartas de finais, enfrentamos ninguem menos do que nosso maior freguês. Vencemos os dois jogos no Mineirão, por 4 x 2 e 3 x 2. Guilherme e Marques, a cada vez que encostavam os abençoados pés na redonda, arrancavam mais de 60mil alegres vozes do lado preto e branco da arquibancada. Craques como Reinaldo, Pelé, Tostão e Éder Aleixo já desfilaram pelos verdes gramados do lendário estádio. Foi nesse estádio em que Darío e Amauri fizeram os gols do Atlético contra as feras de João Saldanha, o Brasil da Copa de 70, que contava com o Rei Pelé. Naquela partida, o alvinegro venceu a seleção tri campeã do mundo, considerada por muitos a melhor de todos os tempos, pelo placar de 2 x 1. Além das imensas alegrias que tivemos dentro do Mineirão, presenciamos também dentro dele o jogo em que selou a parte mais triste de nossa história: Atlético 0 x 0 Vasco, em 2005. Naquele dia, o rebaixamento do Galo se confirmava. No ano seguinte, jogos marcantes no Gigantão são inesquecíveis. O que falar da virada sobre a Portuguesa por 2 x 1, no último lance da partida? E o jogo da volta, o do recorde de público, contra o América-RN,
Gol de Éder Luis. CAM 4 x 0 Cruzeiro - 2007
ao som de "Vou Festejar"? Em 2007, nos embalos do Fábio de Costa, o Galo conquistou mais uma vez o Campeonato Mineiro para cima do seu rival. No ano de nosso centenário, a festa dos 100 anos, contra o Peñarol, foi belíssima. Apesar do empate, o ingresso teve valor pelo show que a torcida deu e pela beleza em que se encontra o Gigante da Pampulha naquele 26/03. Em 2009, Tardelli deslizou nos gramados, sendo o artilheiro do Brasil. Gritos de apoio ao time e a determinados jogadores fizeram história no Mineirão. Até hoje, arrepiamos ao lembrarmos e ao vermos vídeos dos gritos de "Olê Marques" ecoando nos estádios. Mais de 70 mil vozes cantando "Eu eu eu eu Euller, filho do vento". O gigante vestido de preto e branco eternizando o nome do atacante Guilherme com os gritos de "Eô eô, tá de volta o Guilherme matador"! E como se esquecer do jogo em que o atacante fez 3 no Flamengo e a massa cantou "Urubu otário...quem tem Guilherme não precisa de Romário!"?
Reinaldo e Raul Plasmman



O Mineirão virou referência em beleza, estrutura e organização. Prova disso são os vários jogos em que a seleção brasileira já mandou em Minas Gerais, incluindo vários clássicos contra os nossos rivais argentinos. Os inesquecíveis 3 gols do Fenômeno, em 2004, contra os hermanos, na vitória por 3 x 1 foram no Gigante da Pampulha. Como sempre, a torcida do Galo estava presente em peso. Em determinados momentos da partida, o clube era lembrando. A torcida cantou o hino e, em uma falta que seria batida por Roberto Carlos, a massa pediu que o lateral atleticano Michel, que nem convocado estava, batesse a infração. Hoje, é o estádio que está mais evoluído em relação às obras visando a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Mas como nosso país é cheio de politicagem, a abertura deve ser em um estádio que não existe seques um tijolo no terreno. Por isso, queremos continuar a campanha '#AbreaCopaMineirao" no twitter, para que nós mineiros mostremos nossa força. Nem só isso, mas também por uma questão de justiça.

Enfim...agradeço ao estádio Governador Magalhães Pinto por tudo que me proporcional. Alegrias e tristezas, sendo por parte do Galo ou por parte do Estudiantes. Obrigado aos que sempre cuidaram do gramado, da limpeza do estádio, dos bilheteiros e, principalmente, ao pessoal que faz o tropeiro. Até 2013, Mineirão!

#AbreaCopaMineirão


Daniel Michelini
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

  1. ê saudade!!!!! Me lembro de cada momento que passei nesse lugar!!! Sem contar que foi onde tirei minha carteira de motorista, ha exato 1 ano!!!! Foi lá que eu vivi os melhores dias da minha vida!!!! Chorei, gritei, briguei, vibrei!!!! Só GALO para mudar a história de um estádio... só o GALO pra mudar a história de cada um de nós! Estarei com o GALO onde estiver... e em 2013 estarei no Mineirão de novo, com a bandeira e os apitos, sendo feliz... MAIS UMA VEZ!!!! Obrigada Mineirão, você mudou a MINHA hitória!

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  2. Eita Mineirão que deixou saudades, casa do Galo, volta logo Minera. a Massa atleticana precisa de você

    @galocontravento ou @gabriel_alves17

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  3. Triste ver um estado,um palco como esse reduzido á pó!Mas um dia ele vai voltar e nos trará muitas alegrais!
    @DDGalofreitas

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  4. Tá fazendo uma falta o mineirão sem o ele o Galo não tem casa afinal o mineirão é do Galo sem ele o galo tá sendo muito prejudicado foi muita burrice fechar ele e o independência ao mesmo tempo!
    #ParabénsMineirão

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